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“É inadmissível fracionar atendimento da saúde”, diz presidente do CFO ao cobrar valorização da odontologia no país

30/08/2017 21h47 | Atualizado em: 05/09/2017 12h12

Ao defender participação maior e mais efetiva dos profissionais da área no atendimento de saúde do país, o presidente do Conselho Federal de Odontologia (CFO), Juliano do Vale, afirmou ser “inadmissível” que atualmente o serviço à população seja “fracionado”. “Atendimento de saúde é interdisciplinar. Nos tempos atuais não podemos mais fracionar a saúde, ou seja, dividir a atuação em partes médica, odontológica e psicológica, por exemplo”, declarou, nessa quarta-feira, 30, no primeiro dia da reunião ordinária do CFO com Conselhos Regionais dos 26 Estados e o Distrito Federal, em Palmas (TO). “A saúde é construída por equipes multidisciplinares. Inadmissível que serviços de saúde estejam desfalcados de profissionais que formem uma equipe multidisciplinar”, complementou.


A participação maior do profissional da odontologia no atendimento de saúde é um dos temas a serem abordados no encontro, que prossegue nesta quinta-feira, 31, em Palmas. “O CFO, junto com os Conselhos Regionais, tem feito gestão ao poder público para aumentar a parcela de investimentos na saúde bucal e, consequentemente, para a melhoria da saúde da população”, afirmou Juliano do Vale.


Recentemente, Juliano do Vale participou de anúncio de liberação de R$ 344,3 milhões em investimento do Programa de Atenção à Saúde Bucal do governo federal. A verba anunciada pelo presidente Michel Temer servirá para compra de 10 mil cadeiras odontológicas e 17 unidades odontológicas móveis (UOMs), além do custeio de 2.299 equipes de saúde bucal espalhadas por todo o país. “Foi um avanço, ainda que tímido, mas um avanço. Temos espaço ainda maior para avançar e crescer no país em termos de atendimento odontológico”, disse.


A expectativa do governo federal é que 104 milhões de pessoas sejam beneficiadas pelo programa. Com o novo aporte de recursos, a meta é ampliar a cobertura para atingir pelo menos 111 milhões de brasileiros, 42% da população. “A carência e a demanda são maiores, mas é algo que temos de ressaltar como uma conquista para a categoria”, complementou.


EXCELÊNCIA


Há no Brasil quase 300 mil profissionais da odontologia, entre cirurgiões dentistas e técnicos. Para Juliano do Vale, um dos principais problemas para os profissionais é justamente o baixo investimento do poder público no atendimento odontológico. “Temos profissionais de excelência, técnicas de excelência, mas nem toda a população e sociedade têm acesso a esses tratamentos. Falta a condição, acesso nas redes públicas e também particular”, afirmou.


PANORAMA ATUAL


Nessa quarta, em reunião conjunta do CFO, conselheiros e membros do CRO Tocantins debateram com representantes de instituições de ensino o panorama atual e os novos caminhos para melhoria do ensino da odontologia no Brasil. O evento prossegue nesta quinta-feira, com discussões entre o CFO e os presidentes e representantes dos Conselhos Regionais de todo o Brasil.


Fonte: Conexão Tocantins


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