Presidente do Conselho Federal de Odontologia pontua diretrizes de trabalho à frente da entidade
13/10/2016 10h19 | Atualizado em: 13/10/2016 10h24
O Presidente do Conselho Federal de Odontologia (CFO), o Cirurgião-Dentista, Juliano do Vale, apresentou, em entrevista à Federação Nacional dos Odontologistas (FNO), os desafios e propostas de trabalho da entidade.
Juliano do Vale é graduado pela Universidade de Uberaba/MG, concursado na Secretaria Estadual de Saúde do Tocantins (SESAU-TO), desde 1997 e concursado como Oficial Dentista (Major) do Corpo de Bombeiros Militar do Tocantins CBM-TO, desde 2004. No trabalho de classe, Juliano do Vale presidiu o Conselho Regional de Odontologia do Tocantins (CRO-TO) no período de 2006-2015 e atualmente é Presidente do Conselho Estadual de Saúde do Tocantins (CES-TO).
1 – Como e quando surgiu o convite para presidir o CFO?
Após alguns anos como presidente do CRO-TO, coloquei meu nome à disposição do grupo que tinha a intenção de concorrer na eleição do CFO por entender que poderia contribuir com a experiência acumulada para implementar as mudanças necessárias no Conselho Federal. Naquele momento não tinha a pretensão de ser o presidente do Conselho, mas apenas de compor o plenário e dar a minha contribuição.
Como conselheiro no novo Plenário, ocorreu em seguida a renúncia do então presidente. Foi quando coloquei novamente meu nome à disposição do grupo, desta vez para ocupar o cargo de presidente, e fui honrado com a aceitação e o voto de confiança de todos os demais conselheiros.
2 – Quais são os desafios à frente do Conselho?
Os desafios são muitos, mas a disposição para trabalhar e enfrentá-los é ainda maior, pois toda a Diretoria e os Conselheiros estão unidos e determinados a promover as mudanças necessárias.
Como exemplos, posso citar a tão sonhada e esperada mudança da sede do CFO para Brasília, a regulamentação de novas áreas de atuação dos cirurgiões-dentistas, que já estão ocorrendo, e a adequação dos conselhos de odontologia (federal e regionais) à nova realidade administrativa, como órgãos públicos federais fiscalizados por órgãos de controle específicos, como TCU, CGU e MPF.
3 – Quais os projetos já em andamento que pretende dar continuidade?
Como já disse, a mudança da sede do CFO para Brasília e a regulamentação de novas áreas de atuação dos Cirurgiões-Dentistas, são alguns dos projetos, sem esquecer também dos projetos de lei em tramitação no congresso nacional relativos ao piso salarial dos CDs, Odontologia Hospitalar e a implementação de uma política nacional de saúde bucal que vá ao encontro às necessidades da população e que contemple ainda mais os princípios básicos garantidos no Sistema Único de Saúde (SUS).
4 – Qual é o atual cenário de trabalho conjunto com as entidades nacionais de odontologia?
Não só a Odontologia, mas o Brasil como um todo, passa por um momento de reestruturação, de reorganização, e estamos bastante conscientes da necessidade da atuação conjunta de todas as entidades nacionais de Odontologia, com o objetivo único de fortalecer e ampliar as áreas de trabalho da Odontologia e garantir e ampliar os programas de saúde bucal já existentes, transformando-os em política de Estado.
É esse trabalho que já vem sendo feito pelas entidades nacionais, que o Plenário do CFO reconhece a importância e tem como propósito de dar continuidade.
5 – Quais são as prioridades de trabalho em curto e longo prazo?
Como se pode ver, temos muito trabalho pela frente, mas poderíamos elencar como prioridade a curto prazo combater a abertura indiscriminada de novos cursos de Odontologia e trabalhar em conjunto com a Coordenação Nacional de Saúde Bucal para garantir e ampliar os programas existentes, a exemplo do Brasil Sorridente, que abriu as portas para milhares de profissionais da Odontologia prestarem seus serviços. A longo prazo, vamos continuar atuando no Congresso Nacional, com vistas à criação de leis que ampliem ainda mais e garantam o efetivo acesso da população aos serviços odontológicos.
6 – O que esse momento do CFO representa para a saúde bucal da população e para o Cirurgião-Dentista?
Este é um momento de amadurecimento de todo o sistema Conselhos de Odontologia, de profunda transformação administrativa e vai ser de intensa atuação junto ao poder público, buscando garantir o amplo acesso da população aos serviços odontológicos.
À disposição,
Diretoria da Federação Nacional dos Odontologistas
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